ROCKBITCH: sexo explícito no palco com um som industrial lesbo-core-metal feminista. Elas começaram como uma comunidade pós-feminista, lésbica ou bissexual para promover a liberdade e desenvolver a sexualidade pagã. Estes conceitos já não são fáceis de serem alcançados praticamente, mas para tornar tudo isso mais louco ainda, elas resolveram fundar uma banda já que muitas delas eram instrumentistas. Pronto. Este é o conceito da formação do Rockbitch, uma banda que faz um som pesado, rock metal e industrial, tentando e conseguindo ampliar de longe o ideal das polonesas da banda Cynthia Witthoft. Seus shows são um espetáculo à parte já que procuram não impor limites entre palco e platéia, se apresentam com os seios à mostra, todas são adeptas do amor livre, total e protagonizam cenas de sexo explícito entre elas ou com seu público. Se você quiser pensar que é só putaria ou sensacionalismo, está menosprezando a capacidade intelectual das garotas. O Rockbitch possui uma agenda política e social onde o comportamento sexual extremista é simplesmente uma manifestação verdadeira desse sistema de opinião. O grupo acredita na liberação sexual e vive numa comunidade maternal e pagã, numa utopia feminista.Se você pensar também que então todos estes conceitos, idéias e experimentações transformam o Rockbitch numa banda conceitual sem muita música, prepare-se para, mais uma vez, errar totalmente. Todas as garotas são muito talentosas, as músicas são bem escritas, executadas e arranjadas. O Rockbitch é, principalmente, Amanda ou Bitch (baixista, principal compositora e líder da comunidade), Julie (a principal e insana vocalista), Luci (performer de palco e diva), Nikki (tecladista e ninfomaníaca), Jô (baterista e lésbica depredadora) e Babe (guitarrista e principal teórica).“Motor Driven Bimbo” é o CD do Rockbitch que também pode ser comprado juntamente com uma fita de vídeo com shows da banda que só é encontrada em porno-shops da Europa. Os destaques do CD são: “Snafu”, faixa que abre o CD e todos shows da banda, é uma canção de energização feminina e, em sua letra, ridiculariza o comportamento masculino que quer controlar a mulher e sua sexualidade; “The Church” onde as meninas se vingam de todo efeito negativo que a igreja cristã teve na sexualidade da mulher ocidental em um rock totalmente metal e “Baby”, uma poderosa canção de amor que toca homens e mulheres onde a vocalista Julie lembra Janis Joplin.“Nympho” é totalmente heavy-metal e o Rockbitch proclama: “Não somos ninfomaníacas. Somos muito mais que isso!”. Em “Tell Me”, elas incorporam as mitológicas Harpias que eram divindades aladas, carniceiras e de seios nus. É a vingança do Rockbitch à supressão da sexualidade feminina e elas berram “fuck you we're going to fuck anyway”. É uma canção lenta e poderosa. O CD termina com “Diva”, uma canção com um arranjo de orquestra maravilhoso que elas ironizam dizendo poder estar num CD de K.D. Lang e descreve uma garota contando a seu pai que é lésbica. Com esta canção, elas nos deixam num lugar morno, seguro e tesudo.As 13 faixas de “Motor Driven Bimbo”, embora sejam radicais em suas letras e em seu som pesado, são totalmente acessíveis e um contraponto interessante às canções mornas e romanticamente piegas que cercam a comunidade lésbica.Atitude e polêmica: uma virada de mesa para começarmos a misturar ingredientes mais picantes a nossa receita."Nós acreditamos na liberação através da liberdade sexual. Nós vivemos em uma sociedade onde Hollywood pode mostrar imagens de violência, mas os atos sexuais explícitos são censurados ou proibidos. Este é seu mundo e nós tentamos mudá-lo com a música e a expressão sexual.” Este é o manifesto do Rockbitch.
Montag, 26. Januar 2009
Rockbitch :: Motor Driven Bimbo (1999)
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